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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Câncer de Mama

Mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos canais chamados ductos. Quando as células da mama passam a dividir-se de forma desordenada, um tumor maligno pode instalar-se principalmente nos ductos e mais raramente nos lóbulos.
Câncer de mama é uma doença que acomete mais as mulheres. São fatores de risco a idade avançada, a exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e a história familiar ou de mutação genética. Ser portadora dos genes BRCA1 e BRCA2 é um fator de risco importante.
Estão também mais propensas a desenvolver a doença por causa da longa exposição aos hormônios femininos, as mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados), menstruaram muito
cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos).
No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de risco identificáveis.
Sintomas
Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos.
Diagnóstico
A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.
Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser solicitada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).
Tratamento
As formas de tratamento variam conforme o tipo e o estadiamento do câncer. Os mais indicados são: quimioterapia (uso de medicamentos para matar as células malignas), radioterapia (radiação), hormonoterapia (medicação que bloqueia a ação dos hormônios femininos) e cirurgia, que pode incluir a remoção do tumor ou mastectomia (retirada completa da mama).
O tratamento pode, ainda, incluir a combinação de dois ou mais recursos terapêuticos.
Recomendações
* Faça o autoexame das mamas mensalmente, de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação, se você é mulher e tem mais de 20 anos, pois cerca de 90% dos tumores  são detectados pela própria paciente;
* Procure o médico para submeter-se ao exame das mamas a cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos; acima dos 40 anos, realize o exame anualmente;
* Não se esqueça de que a mamografia deve ser realizada todos os anos;
* Atenção: embora menos comum, o câncer de mama também pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença como nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, ulceração e presença de líquido nos mamilos.

O câncer de mama é hoje uma doença presente em milhares de famílias ao redor do mundo. Principalmente nos grandes centros urbanos, devido à concentração populacional, o número de casos é expressivo.
Já se sabe que o câncer de mama não é uma doença única, mas, sim, um grupo de moléstias distintas categorizadas com o mesmo nome. A experiência também tem mostrado que pacientes com tumores muito iguais no tamanho e na microscopia podem evoluir com prognósticos diferentes. No passado, nós nos surpreendíamos com o fato de que algumas pacientes com tumores volumosos apresentavam sobrevida longa e até eram passíveis de cura, enquanto outras, com tumores minúsculos, logo evoluíam para disseminação da doença e morriam. A grande interrogação que se impunha naquele momento era o que determinava tamanha diferença.
Atualmente, a classificação usada para avaliar o risco de recidiva dos tumores baseia-se em parâmetros morfométricos (tamanho do tumor, presença ou não de comprometimento por neoplasia das ínguas axilares, formato das células, entre outros). Apesar de útil, essa classificação não é muito precisa, pois admite inúmeras variáveis. Diante dessa constatação, os pesquisadores se voltaram para encontrar um método de avaliação que determinasse com mais segurança o risco de recidivas. A resposta que encontraram parece estar ligada ao genoma celular. Com base no maior conhecimento das estruturas intra e extracelulares e de suas funções, descobriram que certos receptores denominados oncogenes desencadeiam ou inibem a multiplicação de uma célula com defeitos específicos para cânceres. Esses receptores, que podem ser hormonais, fatores de crescimento, citocinas ou neurotransmissores, estão presentes na superfície ou no interior das células e estimulam, por vias especificas, os núcleos e as células alteradas a se multiplicarem desenfreadamente formando um tumor. Sob tais condições, as células tumorais perdem a capacidade de envelhecer e morrer, ou seja, a capacidade de apoptose (morte celular programada). Só quando conseguimos controlar esses receptores, modulando-os, podemos devolver às células a capacidade de envelhecer e destruir o tumor.
Os medicamentos usados com tal propósito são chamados de “drogas alvo”, Outra de suas vantagens é que apresentam efeitos adversos menores que os da quimioterapia convencional (queda de cabelo, anemia, infecções e outros). Quem determina as variáveis de receptores de ativação ou inibição é o DNA celular (expressão gênica tumoral).
Após a decodificação do código genético humano, foi possível criar perfis gênicos que oferecem um diagnóstico molecular para o câncer de mama. O mais conhecido e utilizado é o Oncotype DX. Esse exame molecular avalia 21 genes relacionados com o crescimento e disseminação do câncer de mama. Atualmente, ele é utilizado em pacientes que apresentam tumores com receptores de estrógeno positivos, para prognosticar o risco de recidiva e a necessidade ou não de adicionar um tratamento quimioterápico. Quando o Oncotype DX revela que o tumor possui risco baixo de voltar, a quimioterapia poderá deixar de ser realizada.
Em mais de 35% dos casos, o resultado desse teste permite alterar a conduta médica previamente estabelecida, uma vez que oferece elementos para determinar se uma paciente portadora de câncer de mama in situ precisará ou não de radioterapia após a cirurgia.
Outros genes estão sendo testados e avaliados para predizerem respostas a determinados medicamentos para o câncer de mama, por exemplo, a resposta a taxanos e ao trastuzumab. Para outros tumores também já existem testes para avaliar genes “mutados” ou não, que podem antecipar se haverá resposta a um medicamento especifico.
Estamos no inicio de uma nova época na historia da medicina. Isso nos autoriza dizer que, em futuro breve, baseados no estudo do genoma de cada indivíduo, estaremos tratando pacientes com medicações feitas especificamente para ele.
Daqui.



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